30% dos entrevistados vão utilizar os recursos para economizar ou investir. 54%
pretendem fazer algum “bico” para poder comprar mais presentes
Mesmo com o cenário de pandemia, retração econômica e redefinição das relações de
trabalho, o 13º salário dos brasileiros terá entre os principais destinos a compra de
presentes de fim de ano e gastos com as comemorações de Natal e Ano Novo.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas,
em parceria com a Offer Wise Pesquisas, 32% dos trabalhadores pretendem utilizar o
13º salário para comprar presentes de Natal e 21% gastar nas comemorações de Natal
e Ano Novo. Enquanto 30% pretendem economizar e 21% pagar contas básicas da
casa.
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que mesmo em um cenário de
insegurança econômica, os setores de comércio e serviço sempre esperam que parte
dos recursos do benefício se revertam em compras.
“Tradicionalmente o brasileiro utiliza parte do seu 13º para as compras dos presentes
de Natal e para as comemorações das festas de final de ano. Mesmo em um momento
atípico, como da pandemia, que acarretou desemprego e insegurança, boa parte dos
brasileiros deverão priorizar as compras em dezembro, o que trará uma importante
movimentação para a economia do país”, afirma Costa.
54% dos consumidores pretendem fazer ‘bicos’ para comprar mais presentes.
A pesquisa da CNDL também mostra que 54% dos entrevistados pretendem fazer bicos
ou outras atividades para garantir um dinheiro extra neste fim de ano e, assim,
garantir as compras de presentes.
Segundo o presidente da CNDL, o varejista deve se preparar para negociar e oferecer
boas condições de pagamentos e descontos, ao mesmo tempo que o consumidor deve
se programar para se organizar e não comprometer suas finanças.
“O consumidor deve definir um teto de gastos, priorizar as lembrancinhas e fazer
muita pesquisa para evitar endividamentos e garantir que faça um bom negócio. O
orçamento do início do ano normalmente já é apertado por causa dos pagamentos de
impostos como IPTU e IPVA, por exemplo”, explica José César da Costa.
Para Merula Borges, especialista em finanças da CNDL, a utilização do 13º salário para
compra de presentes deve ser feita com cautela, para evitar endividamentos e não
sobrecarregar o orçamento.
“O cenário de incertezas deve servir de alerta para o consumidor, já que a crise gerada
pela pandemia deverá acompanhar os brasileiros no próximo ano. O ideal é fugir de
parcelamentos longos para não sobrecarregar as contas de início de ano. A dica é
pesquisar preços e negociar descontos a vista”, destaca Merula Borges.